Segundo a Firjan, o mercado da construção civil deve movimentar quase R$800 bilhões até 2026

Aproximadamente 2,5 milhões de empregos ao ano devem ser criados.

Um estudo conduzido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) indica que a indústria da Construção contribuirá com R$ 796,4 bilhões para a economia brasileira até 2026. Esse montante engloba R$ 663,6 bilhões destinados a investimentos em habitação e infraestrutura, e R$ 132,8 bilhões relacionados à demanda por insumos na cadeia produtiva.

Marcelo Kaiuca, presidente do Fórum Setorial da Construção Civil da Firjan e do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Cimento Armado, Ladrilhos Hidráulicos e Produtos de Cimento do Estado do Rio de Janeiro (Induscimento), destaca que a indústria da Construção desempenha um papel crucial no desenvolvimento, abrangendo diversas atividades ao longo da cadeia produtiva. Kaiuca ressalta que os temas relacionados ao setor serão discutidos no Rio Construção Summit, iniciado nesta terça-feira, dia 19, no Píer Mauá.

No início da pandemia da covid-19, a Cbic chegou a prever encolhimento de até 11% no PIB do setor, informou Martins. Mas para ele, chegar ao fim do ano com projeção de recuo de 2,8% e criação de 138,4 mil postos de trabalho acumulada até outubro, representa uma vitória da construção civil. Ele destacou que o segmento liderou a criação de postos de trabalho em 11 estados e no Distrito Federal, de janeiro a outubro, e ficou em segundo lugar em sete estados.

No terceiro trimestre, a construção civil cresceu 5,6% em relação ao trimestre anterior, marcado pelo auge das restrições sociais provocadas pela pandemia. Apesar da expansão significativa, o presidente da Cbic observou que o nível de atividades do setor ainda está 4,5% abaixo do último trimestre de 2019 e acumula retração de 36% em relação ao pico observado no primeiro trimestre de 2014.

Realizado em colaboração com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (SindusconRio), o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura (Sinicon) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o estudo também aponta que o investimento de R$ 796,4 bilhões tem o potencial de gerar 2,4 milhões de empregos a cada ano durante a execução das obras planejadas.

Na subdivisão dos R$ 663,6 bilhões, a pesquisa destaca que a habitação deverá receber R$ 316,7 bilhões, relacionados ao programa Minha Casa Minha Vida do governo federal. Para a área de infraestrutura, incluindo investimentos em rodovias, ferrovias e saneamento, estão previstos R$ 346,9 bilhões. No que diz respeito aos investimentos vinculados à cadeia produtiva (R$ 132,8 bilhões), destacam-se R$ 28,48 bilhões no setor de minerais não metálicos e R$ 18,31 bilhões na metalurgia.

Claudio Medeiros, presidente do Sinicon, destaca os investimentos relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como um impulso positivo para o setor de Infraestrutura. Ele expressa confiança em vivenciar nos próximos anos um período de crescimento, oportunidades, criação de empregos e aumento de renda. Já Renato Correia, presidente do CBIC, ressalta a importância dos investimentos e da cooperação entre governos estaduais, governo federal, sociedade e iniciativa privada para superar os desafios na entrega do PAC e do Minha Casa, Minha Vida.

Ao analisar as regiões, observa-se que o Sudeste receberá o maior volume de recursos (R$ 233,17 bilhões), seguido pelo Nordeste (R$ 204,13), Norte (R$ 85,60), Centro-Oeste (R$ 73,33) e Sul (R$ 67,35). Claudio Hermolin, presidente do SindusconRio, destaca as oportunidades para enfrentar os desafios do déficit habitacional e de infraestrutura, destacando a importância do seguimento do planejamento dos projetos.